Rastreio do cancro colorretal
DGS segue recomendações europeias de diagnóstico.
No âmbito do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, a Direção-Geral da Saúde informa que o rastreio do cancro colorretal é reconhecidamente uma necessidade. Pela morbilidade e mortalidade associadas a estas neoplasias, sabendo-se que os programas de rastreio podem ter um impacto significativo na redução de incidência e de mortalidade.
Esta necessidade foi assumida a nível europeu. Tendo sido preconizada a realização de teste primário com pesquisa de sangue oculto nas fezes, na população assintomática entre os 50 e os 74 anos. E sem outros fatores de risco. Nesta estratégia, aos doentes com pesquisa de sangue oculto positivo é proposta a realização de colonoscopia.
Este programa diminui a mortalidade por cancro colorretal em aproximadamente 16%. Tendo sido demonstrada a sua utilidade através de estudos controlados, em rastreios de base populacional.
Existem outras estratégias de realização de rastreio do cancro colorretal. Nomeadamente a realização de teste primário com exames endoscópicos (retossigmoidoscopia ou colonoscopia).
Estes testes, com maior capacidade de diagnóstico de lesões pré-malignas, estão também associados a menores taxas de adesão ao rastreio. Sendo que não existe disponibilidade no país para assegurar de forma integral a abordagem por endoscopia a todos os utentes abrangidos nos grupos-alvo.
A maioria dos países com rastreio implementado de base populacional utilizam como teste primário a pesquisa de sangue oculto. Nomeadamente a Austrália, a Holanda, o Reino Unido, a Itália, a Irlanda, a Croácia, a França, a Eslovénia, o Japão e a Coreia do Sul.
O mais importante é ter um programa em curso, independentemente do teste primário. As recomendações europeias continuam a ser a realização de pesquisa de sangue oculto como teste primário. E esta tem sido a prática da maioria dos países com programas de rastreio de base populacional em curso.